Após Harry começar seu roteiro solo durante a turnê, foi a vez de Meghan fazer seu primeiro compromisso privado nessa viagem. A Duquesa organizou um café da manhã privado com ativistas femininas na Cidade do Cabo na última quinta-feira, 26 de setembro. Foram convidadas nove mulheres fortes que estiveram na pequena reunião com o papel de mostrar para Meghan quais os papeis que elas desempenham na comunidade.
O café da manhã acontecei na residência do Alto Comissário Britânico em Bishopscourt e no momento em que estiveram juntas, as mulheres conversaram sobre o objetivo que elas têm em comum: a mudança do mundo. Elas conversaram sobre suas causas e as lutas que enfrentam diariamente para colocar seus projetos em ação na África do Sul.
Sabe-se que desde o anuncio da turnê (aliás desde o início da vida da Duquesa na caridade), Meghan se concentraria no direito das mulheres e esta reunião não seria diferente. O bate papo girou em torno do feminicídio que cerca a África do Sul, juntamente com a violência contra a mulher.
Fiquei tão emocionado com o que ouvi. A liderança e a força demonstradas por essas mulheres são notáveis e, em um momento em que a questão da violência de gênero está na vanguarda da mente das pessoas, espero que suas vozes ressoem e não apenas proporcionem conforto, mas também criem mudanças – A Duquesa de Sussex.
A Duquesa teve a oportunidade de conhecer Sophia Theresa Williams-de Bruyn que é uma ativista anti- apartheid da África do Sul . Ela foi a primeira ganhadora do Prêmio da Mulher por um serviço nacional excepcional. Ela é a última líder viva da Marcha das Mulheres.
Em agosto de 1956, ela liderou a marcha de 20.000 mulheres nos edifícios da união de Pretória, para protestar contra a exigência de que as mulheres carregam livros passar como parte das leis de aprovação. Sophia tinha 18 anos. Ela e outras lideres mulheres passaram pelos guardas nas portas para entregar suas petições fora das portas dos ministros. Após a aprovação da Lei da População Colorida, Williams-De Bruyn foi designada pelo Congresso do Povo Colorido para trabalhar com Shulamith Muller em questões relacionadas a leis aprovadas.
Poucos dias após a reunião, uma postagem foi feita para relatar o café da manhã:
Na quinta-feira, convocamos um encontro de mentes – um grupo de mulheres que vão de uma lendária ativista anti-apartheid, parlamentares, professoras, educadoras e formuladoras de políticas para discutir os direitos das mulheres na África do Sul. Antes da turnê, pesou muito no meu coração ver as inúmeras violações contra as mulheres, e eu queria gastar meu tempo no local aprendendo sobre a situação em questão.
Uma das convidadas, Sophia Williams-De Bruyn, tinha apenas 18 anos quando, em 1956, levou 20.000 mulheres a marchar nos Prédios da União em Pretória, em protesto às leis de aprovação do apartheid. Ela é a última líder viva da marcha, e hoje é um símbolo daqueles que lutam pelos direitos humanos fundamentais – para ela é simples – ela luta pelo que é certo.
Questões de desigualdade de gênero afetam as mulheres em todo o mundo, independentemente de raça, cor, credo ou origem socioeconômica. Na última semana, conheci mulheres de todas as esferas da vida: líderes religiosas, como a primeira rabina em Capetown, líderes de base em Nyanga em Mbokodo, ativistas da comunidade, parlamentares e muito mais.
Ao sentar-se com essas pensadoras avançadas, ficou bastante claro – não basta simplesmente esperar por um futuro melhor; o único caminho a seguir é a “esperança em ação”. Estou ansiosa para passar os próximos dias na África do Sul continuando a aprender, ouvir e absorver a resiliência e o otimismo que senti aqui. “- Sua Alteza Real, a Duquesa de Sussex
Mais tarde naquele mesmo dia, Meghan fez uma visita não anunciada ao bairro de Clareinch, na Cidade do Cabo, onde em 24 de agosto a estudante de 19 anos Uyinene Mrwetyana, foi estuprada e assassinada. Uyinene era estudante da Universidade da Cidade do Cabo.
Fitas amarelas foram colocadas no local do assassinato em homenagem e Meghan deixou uma mensagem também: “Nós estamos juntos nessa situação.” E assinou como Harry e Meghan, 26 de Setembro de 2019. pic.twitter.com/U1g3Vb3vIA
— Meghan Markle Brasil (@marklecombr) September 27, 2019
No Sussex Royal:
“Simi kunye kulesisimo” – ‘Estamos juntos neste momento’
A Duquesa de Sussex amarrou uma fita no local onde Uyinene Mrwetyana, uma estudante de 19 anos na Cidade do Cabo, foi assassinada no mês passado, para prestar seus respeitos e mostrar solidariedade com aqueles que se posicionaram contra a violência de gênero e o feminicídio. Durante o último mês na Cidade do Cabo, protestos irromperam pelas ruas em ultraje pela GBV na África do Sul.
O Duque e a Duquesa estavam acompanhando o que havia acontecido de longe e estavam ansiosos por aprender mais quando chegaram à África do Sul. A Duquesa falou com a mãe de Uyinene esta semana para transmitir suas condolências.
Visitar o local desta trágica morte e ser capaz de reconhecer Uyinene e todas as mulheres e meninas afetadas pela GBV (especificamente na África do Sul, mas também em todo o mundo) foi pessoalmente importante para a Duquesa.
A morte de Uyinene mobilizou pessoas em toda a África do Sul na luta contra a violência baseada em gênero e é vista como um ponto crítico no futuro dos direitos das mulheres na África do Sul. A Duquesa realizou visitas e reuniões privadas nos últimos dois dias para aprofundar sua compreensão da situação atual e continuar a defender os direitos de mulheres e meninas.
O casal após isso deixou um link em seu Instagram para que as pessoas pudessem saber mais sobre os protestos e participar da campanha #AmINext que em português significa “Eu sou a próxima”. Saiba mais sobre clicando AQUI.
Um representante da família da estudante deu uma breve declaração sobre a ligação da Duquesa, mas afirmou que não iria expor o teor da conversa devido ter sido com contato privado.
Seremos eternamente gratos que a vida de Uyinene e sua morte se tornaram o ponto de virada e que seu espírito continuará a ver uma África do Sul livre de violência de gênero.
Fontes da BAZAAR disseram que Meghan continuará envolvida no assunto mesmo após o fim da turnê e que se planeja para continuar conversando com indivíduos chave que ela conheceu em sua passagem pela Cidade do Cabo.